No dia 04 de junho, o Núcleo Feminino do Agronegócio (NFA) promoveu mais um encontro da associação, desta vez coordenado pelo Grupo Pesquisa. O evento, que ocorreu na Embrapa, contou com palestras e visitas técnicas, com foco em temas centrais para o agronegócio, desenvolvimento tecnológico, meio ambiente, técnicas de avaliação e sustentabilidade.
A reunião começou na Embrapa Meio Ambiente, com a apresentação de Maria Cristina Bertelli, associada e integrante do Grupo Pesquisa, Cris fez uma breve exposição sobre o NFA e a forma diferenciada de trabalho adotada neste ano.
A primeira palestra foi conduzida por Paula Packer, que iniciou sua exposição abordando a influência da China no mercado. Chefe geral da Embrapa Meio Ambiente, Paula destacou várias práticas agrícolas, como sistemas agroecológicos, forte integração social, menor uso de químicos, trabalho regenerativo e o foco na diversificação dos sistemas produtivos. Também abordou a importância da rotação de culturas, o uso de ferramentas métricas, bioinsumos e controles biológicos para promover sistemas mais sustentáveis.
Dando continuidade, a pesquisadora Marilia Folegatti frisou a representatividade feminina nas diversas áreas, inclusive na Embrapa. Enfatizou os reflexos das mudanças climáticas, o benefício ambiental como ativo financeiro, a harmonia metodológica que traz reconhecimento e benefícios, a importância do consumo consciente de água e do perfil ambiental dos produtos. Marilia também destacou a parceria da Embrapa com outras instituições de pesquisa e grupos privados.
A pesquisadora Jeanne Prado abordou questões ligadas à biotecnologia e bioprospecção, controle alternativo de pragas, bioativos e controle biológico. Ressaltou a importância da agricultura a médio e longo prazo e a abertura da Embrapa a vários segmentos, atendendo às demandas do setor com base em metodologias, certificações e trabalhos conjuntos com cooperativas e associações.
A chefe de tecnologia, Janaina Tagure, reforçou o desenvolvimento de projetos com setores públicos e privados, formas de cooperação como o Projeto de T&D de participação (compartilhado), transferência de tecnologia, licenciamento e prestação de serviços. Ela destacou os desafios de comunicação entre ambientalistas e o setor agro bem como a imagem do Brasil no exterior.
Após as palestras, os participantes visitaram o Laboratório de Microbiologia Ambiental e conheceram o projeto inovador AgNest/Farm Lab, desenvolvido em parceria entre Embrapa, Banco do Brasil e as empresas Bayer e Jacto. O projeto visa apresentar soluções aos produtores, incentivando a agricultura digital e sustentável com uso de tecnologias.
O grupo do NFA visitou, também, o espaço de pesquisa dedicado à polinização e abelhas sem ferrão, em que se destaca a importância desse estudo para a sustentabilidade e produtividade agrícola.
No período da tarde, o grupo seguiu para a Embrapa Territorial onde, Gustavo Spadotti, chefe geral da Unidade, falou sobre a importância do equilíbrio entre produção e preservação, programas de pesquisa, portfólios e parcerias. Abordou Spadotti também abordou os trabalhos conjuntos no estudo de pragas e rotas de risco.
As pesquisadoras Marcia Dompieri, Lucíola Magalhães, Gisele Freitas e Daniela Tatiane discutiram questões relacionadas à defesa agropecuária, agricultura pró-orgânica e a precificação do carbono. Elas exploraram aspectos gerais dessas temáticas, contribuindo para um entendimento mais amplo e integrado das práticas sustentáveis no agronegócio.
O evento, rico em conhecimento e inovação, contou com a participação de associadas e convidados.