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Novas perspectivas do NFA

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Para trazer à tona os objetivos essenciais do NFA, este ano estará sendo reforçada a sintonia do grupo e reestruturado o estatuto 

Uma das prerrogativas do grupo é a de manter em movimento a sintonia de ideias entre as integrantes. E desde o seu nascimento, há 10 anos, o NFA, a primeira associação formalizada de mulheres do agronegócio, põe em prática essa concordância na troca de experiências profissionais, algo que é visivelmente refletido em todo o setor, como exemplo de comprometimento com o processo de produção e gestão de propriedades rurais. 

“Durante esses anos de existência, o NFA está trabalhando na busca de soluções para os constantes desafios que surgem juntamente com o crescimento do agronegócio”, diz Carla de Freitas, que assumiu novamente a presidência da Associação no biênio 2021/2022, com Letícia Zampieri Jacintho como vice-presidente.  

Para Carla, que foi a primeira presidente do NFA, uma das fundadoras do Núcleo, os objetivos dessa entidade são muito claros: “É uma associação de mulheres que têm uma determinação em comum. Somos gestoras de fazendas que se reúnem para troca de informações sobre a gestão das fazendas e conhecimento do mercado. Nosso foco é compartilhar, entre nós, essas informações e formar lideranças no agronegócio, de caráter profissional e não político ou social”.   

Lembrando que há 10 anos não existia nada parecido com esse modelo de associação de mulheres, nada que abordasse especificamente as questões de gestão, Carla segue pontuando a necessidade de regras no estatuto. “Não podemos mudar o foco, a razão primeira da criação do NFA. Por isso, resolvemos dar um passo atrás nesse começo de 2021, refazer nosso estatuto. Vamos então rever, ajustar, ‘arrumar a casa’, trabalhando, nos primeiros meses, ouvindo as integrantes. Estamos com 28 integrantes e mais duas convidadas, pessoas que estão desde o início e outras que ingressaram mais recentemente. É bom lembrar que estamos lidando gestoras que têm pequenas, médias, grandes propriedades, pessoas exercem vários tipos de atividade dentro do agro, como pecuária, agropecuária, café, leite e tantas outras; ou seja, ações muito diferentes dentro do agronegócio. Nossa dinâmica colocará em pauta ações assertivas, principalmente para que todas possam entender o que é o NFA e a que esse grupo de propõe. Acredito que o importante, antes de darmos os próximos passos, é que todas possam ter a liberdade de falar o que pensam e o que querem”.   

De acordo com Carla de Freitas, nestes primeiros seis meses do ano, os trabalhos do NFA estarão focados na reestruturação do estatuto. “E nesse meio tempo, contratamos o Roberto Mecelé, consultor experiente nesse trabalho, focado em grupos, em associações, para realizar palestras. Até junho, teremos muitas palestras sobre diversos assuntos voltados à pecuária, e agricultura. A primeira palestra foi do André Pessoa, que deu uma estimativa do que seria os preços dos grãos neste ano. A segunda com o Roberto Rodrigues, falando sobre as cooperativas. E para finalizar este semestre, convidamos o Antônio Zem e Tânia Mara Sandaniel para falar sobre Agricultura regenerativa. E ao mesmo tempo, estaremos revendo o nosso estatuto. Será um período muito intenso”, diz Carla, que acrescenta: “Isso é muito válido, porque depois desse período, termos mais tranquilidade”.  

Outro ponto importante, um dos motivos para essa reestruturação, é que a pandemia de covid-19 a acabou mudando a dinâmica do grupo. “Isso aconteceu não só conosco, já que mexeu com todos, exigindo novas formas de comunicação no trabalho. A percepção e uso do tempo que tínhamos anteriormente nas nossas reuniões foram modificados. “Nas nossas reuniões, criamos uma amizade, com troca de experiências muita intensas entre nós. Com a pandemia, com encontros virtuais apenas, o grupo ficou mais focado em palestras. Muitas vezes, nem havia tempo para as integrantes fazerem as perguntas que queriam. Com isso mudou também a forma de comunicação, de fluir, de interagir, como fazíamos antes. Muito da dinâmica que tínhamos foi alterada, e percebemos que isso não extrai o conteúdo que o grupo utilizava, não havendo mais uma troca real, deixando passar o momento de falar coisas importantes sobre o trabalho de cada uma, o que poderia ser discutido e compartilhado. Daí a seriedade de se firmar o que a gente se propõe a fazer no NFA”, comenta Carla.   

Projetos e Perspectivas 

Aplicando mais do que nunca uma visão de gestora, a então presidente adianta que alguns tópicos precisão ter mais atenção este ano. A sustentabilidade, meio ambiente, bem-estar animal, gestão de pessoas. “Nós teremos que manter um olhar aguçado sobre esses temas, sem, no entanto, perder de vista o foco do NFA em sua essência”.  

Como uma associação, que é, o NFA contará com diretoras, mulheres que serão responsáveis por cada setor, como Conselho Administrativo e Conselho Fiscal. “Vamos começar a descentralizar a gestão, inserindo um modelo mais assertivo, mais democrático, com cada uma falando e respondendo pelo seu setor, e ao mesmo tempo onde todas possam participar”.  

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