A indústria brasileira recebe com satisfação a conclusão das negociações comerciais entre o Mercado Comum do Sul (Mercosul) e a União Europeia (UE). A finalização do acordo é oportuna, pois garante aos membros do Mercosul um instrumento poderoso para lidar com as mudanças comerciais e geopolíticas em curso.
Em um momento em que os países parecem estar optando por protecionismo, Mercosul e UE dão exemplo ao finalizar o acordo que dá contornos a um dos maiores blocos comerciais do mundo, com um mercado de 700 milhões de consumidores e um PIB nominal de mais de US$ 20 trilhões. O Brasil representou mais de 80% do fluxo de US$ 112 bilhões de comércio entre Mercosul e UE, em 2023. A importância das trocas comerciais é consequência de um estoque de capital superior a US$ 320 bilhões investidos por companhias da UE no país. Ou seja, além do potencial de alavancar o comércio, o acordo deve estimular o investimento produtivo de longo prazo, uma fonte importante de emprego e renda para o Brasil.
A conclusão do acordo com a UE atende a reivindicação da Fiesp por uma inserção externa qualificada do Mercosul. Também reconhece as boas práticas ambientais e de sustentabilidade do setor produtivo brasileiro. A indústria confia que o acordo será um espaço de diálogo para a promoção do comércio em bases justas, como forma de superar eventuais medidas que restrinjam o fluxo de bens e serviços entre os blocos econômicos.
O livre-comércio deve ocorrer em até 15 anos do início da vigência do acordo. A Fiesp seguirá atuante para que possamos aproveitar este período de reduções tarifárias e viabilizar as ações necessárias para elevar a competitividade dos setores produtivos do Brasil.
Por: Federação das Indústrias do Estado de São Paulo – FIESP