No dia 25 de abril de 2023 na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP), o Núcleo Feminino do Agronegócio recebeu convidados para escutar e debater a palestra em primeira mão do do Prof. Marcos Fava Neves,“E se Não fosse o Brasil ?” Além do Professor, a mesa foi composta pela presidente do NFA, Eliane Massari, Letícia Jacintho, Vice-presidente, Beatriz Biagi Becker, Conselheira, o ex-ministro da Agricultura Prof. Roberto Rodrigues e o Prof. Christian Lohbauer.
O Prof. Marcos Fava demonstrou a crescente na produção de alimentos no Brasil nas últimas décadas onde ressaltou os dados positivos do agronegócio brasileiro, mas também mostrou os desafios a serem enfrentados no setor, como eventos climáticos, consequências da pandemia, guerra na Ucrânia, inflação, entre outros. Um dos principais agravantes: a escassez de pessoas qualificadas para trabalhar no setor agropecuário, essa escassez é estrutural e requer um projeto de longo prazo, com uma visão de 10 a 15 anos.
A falta de mão de obra é uma realidade, e é necessário buscar soluções para atrair e capacitar profissionais, o que pode ser visto como oportunidade para o país, considerando o aumento da fome no mundo e a demanda crescente por alimentos. “O Brasil conseguirá se desenvolver, gerando e distribuindo renda, criando oportunidades às pessoas, pelas exportações do agro”.
O planeta precisa de 6,5 milhões de novos hectares por ano com produção, para fazer frente ao crescimento da população mundial.
Foi destacada a expansão da produção brasileira nos últimos 20 anos, passamos de U$ 25 bilhões de dólares para praticamente u$160 bilhões, isso se deve aos investimentos feitos pelo produtor rural e o avanço da tecnologia. Quase 14 milhões de novos hectares de grãos em 4 anos, praticamente 70 milhões de grãos a mais nesse período. Na última safra (2022/23) foram produzidos 310,9 milhões de grãos. Ano após ano estamos avançando.
O país está em primeiro lugar na exportação de milho e soja seguido pelos EUA. Nesse contexto, o mundo está de olho no Brasil, chamando-o para aumentar sua produção agropecuária. É essencial que o país aproveite esse momento para criar oportunidades para as pessoas por meio do setor agropecuário, gerando empregos, promovendo a inclusão social e reduzindo a desigualdade.
Roberto Rodrigues contribuiu falando da necessidade em investir em tecnologia, inovação, empreendedorismo e políticas públicas adequadas para promover o crescimento sustentável do setor.
Leticia Jacintho fez as considerações finais do evento, dizendo que é fundamental que o Brasil se posicione como referência em liderança e custos competitivos, buscando a diferenciação de sua produção e promovendo ações coletivas para obter resultados positivos. É importante criar um ambiente propício para o desenvolvimento do setor agropecuário, conectando o campo e a cidade, promovendo o patriotismo e valorizando o papel estratégico do agro na economia brasileira.
Agência Agrovenki